terça-feira, 29 de março de 2011

Noite

E daquela hora silenciosa
Logo antes do despertar do mundo
Tirando a terra de um sono profundo
Traz o tempo outra manhã tenebrosa

Minha dama da noite, preciosa
Que ama tanto a mim, um vagabundo
Que em versos declara um amor sem fundo,
Me abandona em solidão tortuosa

Fecho portanto as cortinas do quarto
A fim de expulsar essa luz mesquinha
Que tanto me perturba em meu conforto

Mas volta co'a noite a minha rainha
Trazendo seu branco brilhar absorto
Clareia meus amores, Lua minha!